De acordo com o diretor de Projetos e Construção da Tishman Speyer, Luiz Henrique Ceotto, é isso o que ocorre na construção civil. A possibilidade de reúso de água ou a iluminação natural, dentre outras medidas, pode fazer com que a construção fique 15% mais cara. No entanto, ao longo de 50 anos, de acordo com Ceotto, esse prédio gastaria menos 50% em operação e manutenção.
Conforme disse, menos de 0,2% do custo do empreendimento é o que se gasta com a idealização do projeto, enquanto a concepção deste não chega a 1%. "É na etapa que tem o menor custo que podemos resolver a questão da sustentabilidade na construção civil", afirmou.
Ele falou no painel "Gestão Sustentável da Construção Civil", realizado durante a Conferência Internacional Ethos 2008.
O preço da sustentabilidade
Na mesma ocasião, o membro do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Vanderley John, disse que o mito de que as construções sustentáveis são extremamente mais caras deve ser quebrado.
Na verdade, em sua opinião, o que encarece este tipo de construção são excessos, tecnicamente chamados de over engineering.
John disse que esses excessos são as propostas sem necessidade, que não levam em conta os impactos do consumo sem consciência. A sustentabilidade, de acordo com ele, pode ser alcançada por meio de redução de perdas e maior durabilidade dos materiais, por exemplo.
Fonte: InfoMone