Curitiba recebeu grandes empreendimentos imobiliários em 2007
Em 2007, a área liberada para novas construções teve um aumento de 37% em relação a 2006. De acordo com levantamento realizado pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), foram 2,286 milhões de metros quadrados liberados, contra 1,671 milhão em 2006.
Para o presidente do Sinduscon, Hamilton Pinheiro Franck, são vários fatores que estão contribuindo para esse crescimento, mas principalmente a estabilidade esconômica do País. "Não se trata de um boom produtivo, como tem se falado. É o começo de um crescimento que veio para ficar, desde que mantidas as regras de estabilidade atuais", afirmou.
As regras claras que Franck aponta são relacionadas à questão do crédito: os assalariados ganham melhor, o prazo dos créditos é mais longo, as taxas de juros são menores e a economia é estável. O presidente do Sinduscon aponta o exemplo de outros países que estabilizaram a moeda e tiveram um crescimento significativo no setor imobiliário e da construção civil, como Espanha, México, Chile e Portugal. . "Com a estabilidade econômica, os bancos privados voltaram a ter interesse em financiar imóveis e, hoje, a juros extremamente civilizados, entre 6% e 12% ao ano, o que não é muito diferente dos praticados em países considerados desenvolvidos", avaliou.
No caso de Curitiba, vários construtoras de São Paulo estão realizando empreendimentos em parceria com empresas locais, para aproveitar os recursos das paulistas e o conhecimento do mercado das construtoras locais. O perfil dos empreendimentos são os condomínios.
Na avaliação das construtoras, o mercado comprador está mais exigente, e os empreendimentos devem oferecer mais segurança, equipamentos de lazer e muita área verdade. O resultado são os condomínios fechados, com uma série de vantagens, com o objetivo de oferecer qualidade de vida aos moradores.
Em 2007, foram lançados em Curitiba 58 empreendimentos verticais, somando 3.927 unidades residenciais. O número de lançamentos cresceu 108% em relação a 2006 (1.892 unidades) e 130% na comparação com 2005 (1.708 unidades).
Em apenas seis desses empreendimentos, serão construídos 1.750 apartamentos, 45% do total lançado no ano. O bairro Cristo Rei ficou na liderança, com 701 apartamentos. Na seqüência, vem o Mossunguê (Ecoville) com 483 apartamentos. Também concentram lançamentos os bairros Água Verde, Rebouças e Centro.
O ponto negativo, apontado pelo presidente do Sinduscon é a carga tributária. "Se os fundamentos da economia forem mantidos corretos e o governo diminuir o déficit público, o setor poderá apresentar um crescimento ainda maior", avalia.