Enquanto por aqui o total médio de investimento por habitante era de aproximadamente US$ 500 em 2005, o valor para cada espanhol beirava os US$ 1,6 mil. Falando em vizinhos, o Chile tinha uma média de US$ 700. De acordo com a FGV, o total despendido no setor tem ligação direta com a liberação de crédito para a compra.
"Do Chile, parece vir a mais rica fonte de inspiração. Graças a reformas financeiras e previdenciárias, o país foi capaz de estruturar um sistema de financiamento imobiliário completo", explicaram os responsáveis pelo estudo no documento de divulgação.
Propostas
Dessa maneira, a FGV e a Abecip fizeram propostas de como melhorar o quadro brasileiro. Dentre elas, estão:
* Criação de um "marco político" favorável a medidas de fortalecimento do sistema de crédito imobiliário. Isso significa criar um ambiente propício para a discussão das propostas e implantação de reformas entre o poder público, instituições financeiras, órgãos normativos, entre outros;
* No âmbito do "marco político", esforços de coordenação institucional entre os Poderes Executivo e Judiciário poderiam contribuir para ampliar a segurança jurídica dos contratos;
* Estabelecimento de uma política de habitação continuada para baixa renda;
* Do lado das operações de mercado, a ampliação da atratividade das operações vinculadas de crédito imobiliário a investidores nacionais e estrangeiros, como forma de estimular a captação de recursos pelo mercado.
Desburocratização
Também foi citada como fator importante a rápida desburocratização das operações de concessão de crédito e a redução de custos e impostos incidentes sobre as operações.
Atualmente, o juro anual máximo permitido aos consumidores que tomarem empréstimo é de 12% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR) do período. No entanto, existem ainda algumas instituições financeiras que oferecem a taxa fixa, sem a incidência da TR.