Os recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal, também vão atender a classe média. Quem afirmou foi o ministro das cidades, Márcio Fortes, que acrescentou que a prioridade é para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Porém destacou que, dos mais de R$ 106 bilhões destinados no pacote, R$ 50,4 bilhões beneficiarão a classe média.
De acordo com o PAC, do total de verbas destinadas à classe média, R$ 42 bilhões vêm do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que usa 65% dos recursos da caderneta de poupança para empréstimos habitacionais. Os outros R$ 8,4 são de contrapartida de pessoas físicas.
Embora o volume de recursos seja praticamente igual, a quantidade de beneficiados da classe média deve ser bem menor que a da população de baixa renda.
A previsão do governo é que pelo menos 4 milhões de famílias de baixa renda sejam beneficiadas com casa própria nos próximos quatro anos, enquanto 600 mil famílias com renda superior a cinco salário mínimos devem ter condições de financiar sua casa própria.
Dos R$106,3 bilhões destinados no PAC para habitação, R$ 27,5 serão investidos ainda este ano e o restante até 2010. A previsão do governo é destinar, nos próximos quatro anos, R$ 44,3 bilhões para moradia e R$ 11,6 bilhões para urbanização de favelas.