SÃO PAULO - O faturamento resultante da venda de materiais de construção no mercado interno em junho apresentou a segunda alta consecutiva, variando 3,61% em relação a maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (17) pela Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).
As vendas internas no mês passado tiveram o maior valor de faturamento mensal deflacionado desde o início deste ano. De acordo com a Associação, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é uma das explicações para a retomada de crescimento.
Por outro lado, apesar da melhora, auxiliada pelas medidas do governo, o resultado no acumulado do ano foi de queda. Entre os meses de janeiro e junho de 2009, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, houve recuo de 16%.
Materiais de base e acabamento
No mercado interno, o faturamento com as vendas de materiais básicos aumentou 2,88% em junho, frente ao mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo foi de 18,78%.
O resultado acumulado entre janeiro e o sexto mês do ano também apresentou queda, de 18,71%, se comparado a igual período de 2008. Já nos últimos 12 meses, houve decréscimo de 0,74%.
No que diz respeito às vendas internas dos materiais de acabamento, no mês passado, o faturamento cresceu 5,13% sobre maio. Em contrapartida, frente ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 8,48%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 4,66%. Já na primeira metade de 2009, a diminuição foi de 9,93% em relação ao mesmo intervalo de tempo de 2008.
Emprego
O número total de funcionários da indústria de materiais apresentou crescimento de 0,27% em junho, na comparação com o quinto mês do ano. Nas fábricas de materiais de acabamento, o número de contratados ficou praticamente inalterado, com queda de 0,02%, no período, enquanto na indústria de materiais básicos a queda foi de 0,42%, na mesma base de comparação.
Já na relação anual, o crescimento de 0,39% na indústria de acabamento e a queda de 2,45% na de materiais básicos fizeram com que, no geral, em um ano, o número de funcionários no setor diminuísse 1,50%.
Expectativas
Diante dos números, as expectativas da indústria de materiais de construção para o ano de 2009 foram revisadas para baixo, passando a apontar para um crescimento nulo em relação ao resultado atingido o ano passado.
No que diz respeito aos próximos seis meses, as expectativas, por sua vez, continuam otimistas, por considerarem a ampliação de prazo da desoneração do IPI e a expansão da demanda a ser gerada pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
InfoMoney
Por: Gladys Ferraz Magalhães
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