SÃO PAULO - O auge da crise financeira mundial, no último trimestre do ano passado, impactou diretamente na oferta de crédito ao consumidor. Os prazos de financiamento foram reduzidos e as parcelas passaram a ficar inviáveis ao orçamento.
Por outro lado, na mesma época, houve maior procura por consórcios para a aquisição de bens. "A crise financeira global acabou beneficiando o sistema. No seu auge - setembro, outubro e novembro -, obtivemos as maiores vendas de cotas de consórcio. Em um cenário de turbulência, há uma busca por alternativas, principalmente quando falamos de pequenos investidores", afirmou, no início do ano, o presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), Rodolfo Montosa.
Mas, quando optar entre uma modalidade ou outra, na compra da casa própria?
Vantagens e desvantagens
Antes de escolher a melhor forma de adquirir o imóvel, é importante avaliar as vantagens e desvantagens de cada uma. No financiamento, por exemplo, é possível ter as chaves do imóvel nas mãos logo no início, enquanto no sistema de consórcio é necessário aguardar ser sorteado - ou ser contemplado por meio de um lance -, para ter acesso ao crédito que utilizará na compra do bem, prazo este que pode demorar, e muito.
Além do prazo, outro ponto a ser levado em consideração são os custos envolvidos. Nos financiamentos, normalmente é necessário pagar um valor de entrada, para que as taxas de juros sejam mais acessíveis e o prazo mais baixo. Nos consórcios, por sua vez, a entrada é a primeira parcela e, no lugar das taxas de juros, são cobradas taxas de administração.
Perfil do comprador
O financiamento normalmente é indicado para aquelas pessoas que têm valor de entrada para dar no imóvel e que topam trocar o valor do aluguel pelo valor das prestações.
O consórcio, por outro lado, é uma opção para quem não tem pressa. "A ideia é oferecer mais vantagens a preços menores e facilitar o acesso ao crédito, principalmente a quem quer adquirir um imóvel, mas ainda depende do pagamento de aluguel", afirma Antonio Barbosa, da área comercial do Consórcio Nacional Embracon. "As parcelas de consórcios acabam sendo menores que as dos financiamentos tradicionais", completa Barbosa
InfoMoney
Patricia Alves
http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1626694&path=/suasfinancas/imoveis/