SÃO PAULO - Considerando os consumidores de todas as classes sociais, 31% comprariam um imóvel caso tivessem disponíveis um crédito de R$ 1 mil por mês. Se o bem fosse um carro, a intenção de compra sobe para 36%, mantendo as mesmas condições de crédito disponível.

Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Análise e divulgada na última terça-feira (1º). Ainda que a intenção em comprar um automóvel seja maior, a prioridade é a compra da casa própria. Isso porque, para a pesquisa, cada consumidor recebeu 20 fichas de R$ 50 para que as distribuísse entre as diversas opções de produtos e serviços.

O maior número de fichas foi creditado à compra da casa própria. Em média, os consumidores comprometeriam quase 37% dos R$ 1 mil disponibilizados com a compra do imóvel, ou seja, 7,39 fichas. O motivo, como explica o diretor de Novos Negócios do Instituto, Ricardo Contrera, é mesmo o valor do bem, maior que o do automóvel.
 
Carro é segundo na prioridade
Já para a compra do carro, os consumidores depositaram, em média, 2,38 fichas, ou quase 12% do crédito disponibilizado na simulação. O Instituto realizou mais de 1 mil entrevistas em 70 cidades do País no quarto mês do ano.

Constatou-se, dessa forma, que os consumidores, se tivessem R$ 1 mil por mês, por um longo período, para investir em produtos e serviços, o maior valor seria destinado à compra do imóvel, seguido pelo automóvel.

Preocupação com imóvel
A intenção em gastar com a reforma da casa, se tivesse crédito, aparece na terceira posição do ranking, com 31% das intenções e 1,09 fichas destinadas a este item, em média. Compra de móveis para os cômodos da casa ficou na quarta colocação, com 0,78 fichas destinadas a este item e 12% das intenções de compra.

Do total dos entrevistados, 35% sonham em comprar uma TV de LCD. No entanto, de acordo com o estudo, esse item é considerado supérfluo pelos brasileiros. Apenas 0,65 ficha foi destinada a este item. Ainda assim, este é o produto mais cobiçado pelos consumidores das classes A e B, seguida da reforma ou compra da casa própria.

Trocas para o próximo ano
O Instituto também analisou os itens que os consumidores pretendem trocar nos próximos 12 meses e constatou que, entre os de maior renda, o principal item de troca é o automóvel, com 37% da intenção.

Entre os consumidores das classes C, D e E os móveis e eletrodomésticos, como geladeira e fogão, são os produtos com maior possibilidade de troca no próximo ano.

O levantamento constatou que, em média, a troca fica entre 2 e 3 itens, independente da classe social.

Sobre o levantamento
O Instituto realizou mais de 1 mil entrevistas em 70 cidades do país no quarto mês do ano. Os pesquisados representam toda a população adulta brasileira, de todas as classes sociais, com idade acima de 16 anos.

A média de renda domiciliar dos entrevistados é de R$ 1.240,48, e a renda pessoal de R$ 815,14.

Fonte: InfoMoney   
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