A ampliação das opções de uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em consórcios de imóveis fez esse tipo de comercialização registrar recorde no primeiro trimestre deste ano.
Os dados divulgados pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) apontam para um crescimento de 18,1% no acumulado dos primeiros três meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, no número de novos consorciados. Ao todo, até março, 56 mil novas cotas foram comercializadas, enquanto que nos primeiros três meses de 2009 eram 47,4 mil.
“Não pagar juros, parcelar integralmente o valor do bem e poder utilizar o FGTS na amortização, liquidação e pagamento de parte das prestações ou para ofertar lances têm sido as principais razões para o crescimento dos consórcios de imóveis, especialmente no primeiro trimestre deste ano”, afirmou, por meio de nota, o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi.
Comercializações e contemplações
Em março deste ano, havia 545 mil consorciados ativos no ramo de imóveis – a maior marca da história. O número está 5,2% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram vendidas 518 mil cotas.
Considerando o primeiro trimestre deste ano, as contemplações (momento em que os consorciados têm a possibilidade de adquirir seus imóveis) chegaram a 17,1 mil, volume 14% maior que as 15 mil do mesmo período do ano passado.
Considerando todas as categorias do sistema de consórcios, há mais de 3,8 milhões de participantes, que entraram no sistema para adquirir todos os tipos de bens, como veículos, imóveis e serviços.
Consórcio ou financiamento?
Na hora de escolher entre o financiamento e o consórcio para adquirir o imóvel, é importante ficar atento para as vantagens e desvantagens de cada opção e também ao seu perfil de comprador.
Enquanto é possível ter as chaves do imóvel assim que o financiamento é liberado, pelo consórcio é preciso aguardar ser sorteado para ter acesso ao crédito.
Por outro lado, nesta modalidade não são cobrados juros, apenas taxas de administração. Além disso, não é preciso dar qualquer tipo de entrada para ingressar no sistema, ao passo que, nos financiamentos, um bom valor inicial ajuda na diminuição do prazo e, consequentemente, na redução dos juros pagos.
InfoMoney
Camila F. de Mendonça
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