Paisagens de lagos, pontes e mata nativa formam o parque Tingui, obra de saneamento e preservação ambiental, que atrai o investimento imobiliário voltado para o alto padrão. “É quase como morar no campo, há condomínios onde se vê inúmeras espécies de aves e uma flora muita rica”, aponta o diretor comercial da Loft Imóveis, Augusto Albertini, que negocia seis residências localizadas no entorno do parque.
O vice-presidente administrativo do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Paulo Celles, explica que a região concentra dois padrões de imóveis e uma variação de preço elástica. “Há os condomínios, casas de alto padrão e residências simples que foram construídas há décadas, antes do desenvolvimento do bairro”, comenta.
Uma pesquisa da entidade aponta que a variação do preço de metro quadrado de casas, com frente para rua, varia de R$ 1.200 a R$ 2.200.
Terrenos em condomínio podem ser encontrados a partir de R$ 300 o metro quadrado. “Mas tudo dependerá da infraestrutura oferecida. Casas prontas em condomínio podem ter preço superior a R$ 3 mil o metro quadrado”, diz Celles.
Na avaliação de Celles, a tendência é que a região continue se valorizando por conta da sofisticação das construções. O bairro do Pilarzinho e São João, onde está o parque, teve valorização de 35% entre abril de 2009 e abril 2010.
“A sofisticação está atrelada ao fato de os terrenos serem Áreas de Proteção Ambiental (Apa), obrigando as construtoras a oferecerem lotes de no mínimo 2 mil metros quadrados, dos quais a metade ou menos são áreas onde se pode construir. Assim é preciso oferecer imóveis com maior valor agregado”, diz.
Opções
Dentre os imóveis à venda na semana passada, uma casa custa R$ 4,5 milhões. O imóvel, no condomínio Theodoro de Bonna, na Rua Doutor Mba de Ferrante, tem cinco dormitórios e muitos itens de conforto e lazer, como sauna, adega e piscina. O imóvel é comercializado pela Loft Imóveis, que tem outras duas casas no mesmo condomínio. Uma, com quatro dormitórios, por R$ 2,2 milhões e a última, com 898 metros quadrados de área total, por R$ 1,8 milhão.
A empresa vende ainda outras três casas de alto padrão ao redor do parque. No número 55 da rua Pedro Muraro está um imóvel com 580 metros quadrados de área útil e 1.890 de área total, vendida por R$ 1,98 milhão. Na Carlos Gelenski, dentro do condomínio Arthur Nísio, fica uma residência com 600 metros quadrados, negociada por R$ 1,1 milhão e na Rua Justo Manfron há uma casa com 276 metros quadrados de área útil, vendida por R$ 900 mil.
A reportagem da Gazeta do Povo localizou ainda outra residência à venda, além de lotes em condomínio e dois edifícios verticais em fase de construção. A casa fica na Rua João Valle, esquina com a Alfredo Muraro, tem 250 metros quadrados, três dormitórios e está em fase final de construção. A negociação é diretamente com o proprietário que pede R$ 550 mil.
Atrás do parque, na Rua Joaquim Gonçalves Lede há um terreno à venda pela Pesquisa Imóveis. O imóvel é ZR-2 e admite a construção de até dois pavimentos. Os 452 metros quadrados custam R$ 180 mil.
Na mesma região, no número 407 da Rua José Augusto dos Santos, fica o condomínio Reserva do Bosque, onde a Roma Imóveis negocia 11 lotes com áreas totais entre 2.067 e 2.413 metros quadrados e áreas privativas de 735 a 1.146 metros quadrados. Há infraestrutura de instalações elétrica e hidráulica, além de itens de lazer. Os preços variam de R$ 498 mil a R$ 620 mil.
Entre os condomínios verticais em construção destacam-se dois: o Residencial Parque Tingui, da construtora Fontanive e o La Reserve, da Plaenge. O primeiro é comercializado pela Apolar Lançamentos. O padrão é econômico, são 64 unidades de dois e três quartos, com preço médio de R$ 150 mil. Já o La Reserve terá três torres e 32 apartamentos no total. Não há mais unidades à venda.
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
Daliane Nogueira
Link: http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1007947&tit=Supervalorizacao-em-meio-a-natureza