Em 2011, os preços subiram 16,3%, acompanhando a valorização de casas e apartamentos à venda. Para este ano, a previsão é de equilíbrio

Durante o ano de 2011, o preço médio dos contratos novos de aluguel cresceu 16,3% em Curitiba, de acordo com dados do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar). O aumento foi reflexo do aumento de preços para venda de imóveis. “O investidor coloca o imóvel à disposição para alugar e quer ter um retorno semelhante ao do preço que teria para venda”, explica o presidente do Inpespar, Luiz Fernando Gottschild. Para ele, a recuperação do mercado em 2011 já foi suficiente para estabilizar o mercado.

Nos contratos vigentes, a tendência é que os preços acompanhem a inflação, de acordo com os índices estipulados nos contratos, segundo Luiz Celso Castegnaro, diretor pedagógico do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR). Para ele, embora haja procura por imóveis para alugar, nos quatro primeiros meses do ano está prevista a entrega de vários novos edifícios. “As unidades estão ficando prontas e por isso a oferta tende a aumentar”, afirma. Com isso, os preços ficam estáveis.


Castegnaro explica que a equivalência de preço com a venda já foi alcançada em 2011. “Existe esse equilíbrio e não adianta oferecer um produto com um preço que o consumidor não poderá pagar”, argumenta. Em alguns casos, em contratos antigos, nos quais o valor está desatualizado, poderá acontecer uma negociação para reajuste. “Mas serão situações pontuais. Em geral, os preços devem ser mantidos”, observa o diretor.

O preço é o fator relevante, mas a conservação dos imóveis também interfere na agilidade da locação. “Embora haja muita procura, o inquilino não aceita qualquer lugar”, indica Daniel Soberay, coordenador de locação da Rede Imóveis. Segundo ele, os proprietários precisam se preocupar com piso, pintura, encanamento e sistema elétrico. “É preciso fazer investimento no imóvel. Uma unidade bem asseada costuma refletir em um bom inquilino”, diz. A Rede estima que os aluguéis novos devem subir, no máximo, cerca de 3% acima da inflação, ou seja, de 7 a 8%.

Fonte: Gazeta do Povo