O financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança deve continuar crescendo este ano, segundo previsão da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). “De acordo com as variáveis econômicas, como crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação, esperamos que o crédito imobiliário no País cresça em torno 30% este ano”, disse o presidente da entidade, Octavio de Lazari Junior.
O número representa uma desaceleração em relação a 2011, quando o valor dos empréstimos com recursos da poupança cresceu 42% para R$ 79,9 bilhões, novo recorde histórico no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).
No mesmo período, o saldo das cadernetas de poupança no SBPE cresceu mais de R$ 30 bilhões, passando de R$ 299,9 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 330,6 bilhões em dezembro de 2011.
Crédito escasso
De acordo com o executivo, a possibilidade dos recursos da caderneta de poupança não serem suficientes para suprir a demanda pelo crédito imobiliário preocupa a entidade, mas existem outras fontes de crédito que podem ser utilizadas.
“Agora que o crédito imobiliário começou a crescer no País, precisamos estar sempre preocupados para que haja fontes funding para que esse crescimento continue sendo financiado”, diz. “Mas a Abecip já está tomando todas as providências para que possamos ter outras alternativas de financiamento que não sejam só a poupança”, completa de Lazari Junior.
Economia nacional
O presidente da Abecip ressalta que a situação econômica do Brasil é positiva, por conta das baixas taxas de desemprego e do aumento da renda da população. “Todas as categorias profissionais estão apresentando ganhos reais de salário”, diz.
Além disso, a maior segurança em relação à questões jurídicas das empresas, como o patrimônio de afetação e alienação fiduciária, tornam as condições favoráveis para que os prazos se estendam e os juros caiam. “Prazos longos, taxas de juros menores, com isso você tem um cenário adequado para que as pessoas possam comprar seu imóvel”, conclui.
Fonte: InfoMoney