Após a forte capitalização das construtoras por meio do mercado de capitais, as mesmas se preparam para duas estratégias importantes para este ano: aportar cerca de R$ 27 bilhões em novos negócios e transferir para os bancos suas carteiras de financiamento, podendo assim focar mais nas suas atuações de origem. A oferta de financiamento ficava restrita as construtoras e, agora, com melhorias na legislação — como a alienação fiduciária, onde é possível recuperar o imóvel em caso de calote da dívida, Lei do Incontroverso e patrimônio da afetação —, os bancos passaram a se interessar mais por este tipo de transação.
Desta forma, instituições financeiras nacionais e estrangeiras estão prevendo aumentos superiores a 30% nos recursos a serem disponibilizados para os imóveis em 2007, e pretendem chegar aos mutuários cada vez mais cedo, antes mesmo do início das obras.
É o caso do ABN Amro Real, que destinou cerca de R$ 2 bilhões ao crédito imobiliário em 2006 e pretende ampliar em, no mínimo, 30% os recursos para a modalidade neste ano. “Com as aberturas de capital ocorridas nos últimos dois anos, torna-se muito mais do que uma vontade e sim uma necessidade repassar esse financiamento para os bancos na entrega das chaves”, ressalta Antonio Barbosa, diretor da área do ABN Amro Real. Segundo Barbosa, o repasse alivia o balanço de recebíveis e, por consequência, melhora a percepção dos investidores. “Para nós, construtora tem de construir”, diz. “Cada um tem de atender o seu setor de atuação”, afirma Ana Perez, vice-presidente de negócios imobiliários do Santander Banespa, outro interessado na operação. O banco destinou cerca de R$ 2,6 bilhões no ano passado e, segundo a executiva, “foi um ano bom, mas longe do que esperamos crescer no País”.
Bancos nacionais Os bancos nacionais também iniciaram 2007 prometendo repasses maiores ao crédito imobiliário. O Bradesco pretende chegar aos R$ 3 bilhões, o que representa um avanço de 41% na comparação com os R$ 2,11 bilhões destinados no ano passado. Ontem, o diretor de relações com investidores do Itaú, Alfredo Setúbal, afirmou que o banco tem interesse na expansão do crédito imobiliário, mas não deu uma previsão — em 2006, o banco destinou R$ 2 bilhões ao crédito imobiliário.
A Caixa Econômica Federal, líder absoluta na concessão deste tipo de crédito planeja destinar R$ 17,4 bilhões neste ano, 25% mais do que em 2006. Já o Banco do Brasil anunciou esta semana aportes de R$ 650 milhões para o financiamento na área. “Uma das causas da melhoria do crédito imobiliário no Brasil é que estrangeiros como o ABN Amro Real, Santander Banespa e o HSBC trouxeram da Europa esse DNA de ativos hipotecários”, declara Celso Petrucci, diretor executivo do Secovi São Paulo. Na opinião de Petrucci o repasse de carteiras já ocorre há algum tempo. Entretanto, ganhou novo fôlego com aumento do volume de crédito e na condição do mesmo. “Mesmo antes dos IPOs já existia um desejo dos incorporadores de voltar a focar em seus negócios de origem”, diz o executivo.
O professor da USP e pesquisador do Inepad, Alberto Borges Matias, crê que os bancos nacionais estejam marcando presença no financiamento habitacional, pois a grande parcela dos estrangeiras possui boa parte de suas receitas na habitação. “Estar fora do mercado agora significa poder perder o melhor momento daqui a alguns anos. E aí existe o risco de algum estrangeiro abocanhar o mercado. Qual país oferece esse grande potencial? O Brasil. Portanto o interesse deles é crescente”, diz Borges Matias.
A mudança no perfil de financiamento já é visível nos resultados das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Conforme consta no balanço de 2006 da Rossi Residencial, “no acumulado do ano, houve uma redução de 4,3%, passando de R$ 7,3 milhões em 2005 para R$ 7,0 milhões em 2006. Essa redução se deve à manutenção da estratégia de repassar a carteira de recebíveis de nossos clientes para bancos ou securitizadoras no momento da entrega das chaves”.
José Pereira Gonçalves, superintendente técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), acredita que o repasse é fruto do aumento do crédito. “Tanto é que acabaram aquelas propagandas de 'Plano Cem', 'Plano Mais', que eram as formas de financiamento das construtoras”, complementa. Para ele, os bancos nacionais devem marcar cada vez mais presença neste mercado. “Eles sabem que não adianta deixar para entrar depois”, alerta. Dados da Abecip apontam que em janeiro houve um avanço de 49% no volume de financiamento via poupança, com R$ 707 milhões.
Exigibilidade A parcela de repasse para financiamento imobiliários através do Sistema Financeiro da Habitação é questionada pelos bancos estrangeiros presentes no País. “Somos favoráveis a desregulamentação”, confirma Barbosa do ABN Amro Real. A mesma linha é adotada pelo Santander Banespa. De acordo com Ana Perez, vice-presidente do banco, “queremos uma liberação do mercado para ser como em outros países onde não há nenhum tipo de exigibilidade”.
Alto padrão sai do foco das construtoras e dá lugar à classe média
Consumidores de classe média serão beneficiados este ano na compra de um imóvel. Grandes construtoras anunciaram que deixarão as obras de alto padrão de lado para dar atenção àqueles que têm um poder aquisitivo mais baixo.
De acordo com o Diário do Comércio, periódico da Associação Comercial de São Paulo, o perfil da nova casa própria são aquelas moradias mais compactas, de dois dormitórios, com preço variando entre R$ 80 mil e R$ 200 mil. Esse produto cabe no bolso daqueles com renda mensal girando entre cinco e dez salários mínimos (R$ 1.750 e R$ 3.500).
O motivo dessa mudança de foco, apresentada por especialistas do setor, é a queda dos juros, retomada do emprego e da renda familiar e ampla e diversificada oferta de crédito habitacional.
Saturação Para o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, o segmento de alto padrão está próximo do ponto de saturação. Por outro lado, imóveis de dois dormitórios têm demanda altamente reprimida. "O segmento que atende à classe média foi deixado de lado nos últimos anos, mas tem ótimas chances de recuperação", afirmou ao periódico.
Conforme Celso Amaral, diretor da Amaral D'Ávila Engenharia de Avaliações e do Geoimóvel, banco de dados do mercado imobiliário, o número de unidades residenciais lançadas em São Paulo com quatro dormitórios saltou de 2.947 em 2000 para 9.771 no ano passado, avançando de 10,4% para 34,7% do total de lançamentos em cada ano. Por outro lado, em 2000, 51,1% (14.465) dos lançamentos residenciais tinham dois quartos, ante 27,4% (7.703) em 2006.
Para o diretor-financeiro e de relações com investidores da construtora e incorporadora Company, Luiz Rogélio Rodrigues Tolosa, o mercado de classe média é uma ótima opção para a expansão dos negócios. Segundo ele, a demanda por imóveis na faixa de R$ 100 mil é de aproximadamente 20 mil unidades por ano. "É um mercado altamente promissor", ressalta.
Condomínios De acordo com a gerente de marketing da Klabin Segall, Marcella Carvalhal, a incorporadora é pioneira em atuar no segmento de condomínios residenciais voltados às classes média e média-baixa.
"Enquanto a maioria dos players de mercado lançava empreendimentos no topo da pirâmide, desde 1998 a Klabin Segall vem investindo nas camadas intermediárias de renda", comenta a especialista.
Edital de Seleção Pública nº 01 / 2006 de 12.12.2006, para contratação de vaga de emprego no quadro funcional.
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis 6ª Região / Paraná, comunica e torna público que foram aprovados, por ordem de classificação, para a função de TÉCNICO ADMINISTRATIVO, para lotação na delegacia da cidade de Londrina, os seguintes candidatos:
Hoje, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher e como presidente do Creci-PR quero transmitir aqui meu abraço e saudar todas as Corretoras de Imóveis do Brasil e em especial do Paraná.
Todos constatam que em nossa profissão o perfil dos profissionais está mudando. Até pouco tempo tínhamos a predominância masculina, agora nossas colegas mulheres já ocupam grandes e merecidos espaços, graças à competência, conhecimento e sensibilidade.
Parabéns e sucesso pelas conquistas!
Alfredo Canezin Presidente do Creci-PR
História do “8 de março” No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Conquistas das Mulheres Brasileiras Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Objetivo da Data Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Nos últimos meses, rara é a semana em que não recebo representantes de grupos estrangeiros interessados em investir no mercado imobiliário brasileiro. Naturalmente, eles não vêm até mim pelos meus belos olhos, mas sim em busca de elementos complementares às informações que já possuem sobre o potencial do setor e suas oportunidades.
Nesse vaivém desfilam diferentes bandeiras. Espanha, Portugal, Estados Unidos, França, Itália, Jamaica, África do Sul, Irlanda, e assim por diante — países que desejam dar um destino produtivo e lucrativo ao capital que hoje sobra no mundo e nos quais pouco existe a se fazer em termos de novos empreendimentos, quer pela indisponibilidade de áreas, quer por questões demográficas, entre outras.
Saliente-se que, hoje, o investimento estrangeiro no mercado de imóveis nacional conta com segurança jurídica muito mais consistente. O novo arcabouço institucional, resultante de marco regulatório mais adequado às operações de crédito, e a competência de nossas empresas incorporadoras e construtoras se constituem em convite irresistível a esses capitais.
Num primeiro momento, as consultas que recebo estão mais concentradas no segmento de hotelaria e também nas áreas de shopping centers e edifícios comerciais — caso de Samuel Zell, maior investidor imobiliário dos EUA e o 112º homem mais rico do mundo, que já criou uma empresa no Brasil (a Bracor) e afirmou que o País é sua grande aposta depois do México, onde entrou em 2002 ao comprar uma participação da Homex.
Espanha e Portugal, por sua vez, estão investindo em larga escala em complexos hoteleiros, principalmente na Região Nordeste. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Turismo, oito grupos portugueses e sete espanhóis lideram, com R$ 1,5 bilhão, os investimentos de R$ 3,6 bilhões em 140 novos meios de hospedagem no Brasil, com previsão para início de operações até 2009.
O mais importante nesse processo é que estamos recebendo divisas. No caso do turismo, esse investimento vai além da instalação do hotel em si. Muitos desses empreendimentos atrelam operação hoteleira e área de segunda residência (casa de praia), e potencializam o desenvolvimento imobiliário, social e ambiental.
Estamos num momento particularmente especial. O Brasil é a bola da vez, e já há indícios de que teremos muito capital externo também no segmento residencial, onde esses grupos tendem a atuar em parceria com incorporadoras e construtoras nacionais.
Abre-se, pois, mais uma porta para se construir num País que ainda está por construir, dadas as suas dimensões continentais e diferentes necessidades. Que não se perca essa oportunidade.
A Cidade de Pato Branco, no Paraná, vai sediar novamente a Feira Casa & Construção entre os dias 18 e 22 de abril. O evento que já foi sucesso em 2006 será realizado no Centro Regional de Eventos e vai envolver também a II Feira da Construção Civil e a VI Modec – Mostra de Móveis e Decoração.
O grande diferencial da Casa & Construção está no fato de ser uma feira setorial que visa à união dos setores produtivos da construção civil, indústria moveleira, arquitetura, decoração e acabamentos.
De acordo com a organização do evento, da qual o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-PR) faz parte, serão 45 expositores dentro da área dos pavilhões do Parque. Para os organizadores, a feira é importante por apresentar novas tecnologias, unir os vários segmentos envolvidos e permitir que o público faça a sua avaliação quanto a preço e qualidade nos produtos apresentados, além de ter um foco direcionado a resultados para as empresas da região, como crescimento de mercado e geração de empregos.
A Feira Casa & Construção, inclusive, consta no calendário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras é resultado do trabalho conjunto da Secretaria de Comércio e Serviços, do MDIC e do setor privado. Nele há uma síntese das principais feiras e exposições dos setores de comércio, da indústria e de serviços que são realizadas no País em 2007.
A Casa & Construção é uma realização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico Sebrae, Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos de Pato Branco (AREA-PB), Associação das Indústrias Moveleiras de Pato Branco (Assimop), com apoio do Sindicomércio e da Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco (ACEPB). O patrocínio é da Caixa Econômica Federal, CREA-PR e da Prefeitura Municipal de Pato Branco.
Mais informações no site: www.feiracasaeconstrucao.com.br
Em constante crescimento, o consórcio de imóveis é uma das grandes oportunidades para aqueles que não dispõe de um valor inicial, e que não têm pressa em adquirir o bem.
Grandes administradoras fazem parte do segmento. As dez maiores detêm 76,6% de todo o segmento e representam 8,9% dos participantes do ramo consórcio.
Top 10 De acordo com o último levantamento do Banco Central (janeiro/2007), a Bradesco Consórcios Ltda aparecia em primeiro lugar no ranking, com 108.047 consorciados ou 27% do segmento.
Na segunda posição, a Caixa Consórcios contava com 91.779 participantes, com 22,9% do mercado .
A tabela abaixo mostra o ranking das 10 maiores administradoras, com o número de participantes e a participação de cada uma.
Administradora Participantes -- Participação-- (%) Bradesco Consórcios Ltda. --- 108.047-- 27,0 Caixa Consórcios Ltda. -- 91.779 -- 22,9 Porto Seguro Administradora de Consórcios Ltda. -- 32.458 8,12 Rodobens Adm. de Consórcios Ltda. -- 28.586 -- 7,15 Consórcio Nacional Panamericano Ltda. --9.531 -- 2,38 Bancorbras Adm. de Consórcios Ltda.-- 8.724 -- 2,18 Remaza Sociedade de Empreendimentos e Administração -- 8.310 -- 2,07 Consórcio Nacional Embracon Ltda. -- 7.415 -- 1,85 Randon Administradora de Consórcios Ltda. -- 6.210-- 1,55 Ademilar Adm. de Consórcios S.A.-- 5.353 -- 1,33 Banco Central
As contratações de novas operações de crédito imobiliário atingiram a marca dos R$ 888,89 milhões em fevereiro. O número, de acordo com informações da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), é 85,8% maior que os R$ 478,37 milhões de igual mês do ano passado. Em relação a janeiro último, a expansão dos financiamentos para a compra de imóveis foi de 26,2%.
No primeiro bimestre do ano, os financiamentos habitacionais aumentaram 67% e saltaram dos R$ 953,89 milhões do ano passado para R$ 1,593 bilhão. As novas contratações feitas em 12 meses até fevereiro, de acordo com os dados da Abecip, atingiram a marca dos R$ 9,979 bilhões. O valor recorde corresponde a mais de 120 mil unidades habitacionais financiadas com recursos da caderneta de poupança.
O Vereador Zé Maria (Lider do PPS na Câmara), presta homenagem a um dos mais renomado empresários do ramo imobiliário. O projeto que foi aprovado com louvores e visa a valorização de uma classe que presta grande serviços aos curitibanos, denomina de João Sartor de Oliveira, nome de rua em Curitiba. Segundo o parlamentar, que também é empresário do ramo, João Sartor dignifica a classe dos corretores de imóveis, sendo motivo de orgulho para todos os profissionais da área. Como presidente da Sartor Imóveis, foi um exemplo de dedicação e perseverança, sendo por muitos anos lider de mercado em Curitiba. João Sartor de Oliveira que faleceu em 2000, foi relator de lei nº 6.530 que regulamenta a profissão de Corretor de Imóveis, Presidente do Sindimóveis, Presidente da Câmara de Valores e Vice-Presidente do CRECI (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). "João Sartor de Oliveira, ficará eternizado como nome de rua em Curitiba, uma merecida homenagem, que faço em nome de todos os corretores de Imóveis curitibanos.", disse o vereador, emocionado.
Londrina, localizada ao Norte do Paraná, é a 6ª cidade brasileira em número de edifícios acima de 12 pavimentos e a 12ª cidade no mundo em número de prédios e habitantes, de acordo com Pesquisa de Avaliação do Potencial do Mercado Construtor, divulgada nesta terça-feira, dia 20, na cidade. O levantamento, realizado pelo Sebrae no Paraná e Sinduscon Norte, traz informações para toda a cadeia da construção civil, principalmente para as construtoras. O diagnóstico, que identificou as características, oportunidades e necessidades do setor para o município, foi realizado a partir de uma análise do mercado imobiliário na região.
A pesquisa, que contou com a avaliação da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, empresa de Curitiba especializada em análises do mercado imobiliário, analisa o desempenho do mercado imobiliário e a relação com o cliente. Traz projeções da população da cidade até 2015, por regiões, bem como identifica as características do setor de construção civil em Londrina, construções feitas com mais freqüência e para quais tipos há mercado.
O índice de velocidade nas vendas de imóveis em Londrina é alto, revela a pesquisa. As obras são entregues em média 30 meses após o lançamento, com cerca de 80% a 90% das unidades vendidas. Londrina não enfrenta dificuldades para vender as unidades que atualmente são produzidas. Entretanto, o desafio está em aumentar o número de unidades e também o preço de venda, que está abaixo da média nacional. O metro quadrado das unidades em Londrina está em média 14% abaixo dos preços encontrados em Curitiba, mas os resultados mostram um equilíbrio entre a oferta e a procura de novos produtos no mercado.
Divisão por bairros
O diagnóstico utilizou os critérios do IPPUL - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina, que divide o município em cinco macro regiões: Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. De acordo com o levantamento, a região Norte concentra os bairros mais populares e de menor poder aquisitivo e demonstra ótimo potencial para a edificação de moradias mais populares. A construção de imóveis que estejam entre R$ 30 mil e R$ 40 mil poderá vir a ser uma grande oportunidade, principalmente em bairros como Leonor, Cinco Conjuntos, Parigot, Parques das Indústrias e Interlagos.
Londrina possui 56 bairros e os 20 mais populosos concentram 67,58% do total da população e os 10 mais populosos somam 46,04% do total. A pesquisa revela também que a região central é a que possui a maior concentração de renda do município enquanto a região Norte é a que possui a menor concentração de renda, sendo que, quanto menor a concentração de renda, maior a quantidade de pessoas em um mesmo domicílio.
Otimização de resultados
Henrique Lago, consultor da Brain Bureau, que acompanhou o lançamento da pesquisa, disse que o estudo permite dar um direcionamento ao mercado da construção civil para evitar conflitos e otimizar resultados. "O principal objetivo é conhecer o mercado onde atuam as construtoras e onde há espaço para atuarem, favorecendo seu posicionamento no mercado. Às vezes, há muita oferta de um tipo de construção e falta daquela que pode ter demanda", assinala.
Para Ricardo Magno Silva, consultor do Sebrae no Paraná, na região de Londrina, a pesquisa é importante porque traz um melhor nível de informações para o setor da construção civil. "O estudo também vem como uma forma de aprimorar o nível de planejamento de construção das empresas, pois mostra oportunidades de mercado e com isso é possível melhorar a competitividade e rentabilidade. Não adianta apenas fazer lançamentos e construções, é preciso que estejam de acordo com as necessidades do comprador", complementa Magno Silva.
Mais informações
De acordo com Junker de Assis Grassiotto, presidente do Sinduscon Norte do Paraná, o fator mais relevante desse trabalho é que numa cidade do interior, a capacidade de pesquisa é restrita. "Nacionalmente temos o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que faz pesquisas, mas que são generalistas. Em relação ao que é trabalhado particularmente numa região, não é possível. Quanto menor a cidade, maior a dificuldade", avalia o presidente.
Na opinião de Junker, a parceria entre o Sinduscon e o Sebrae, que realizaram o estudo, é fundamental para Londrina, pois é isso que está possibilitando conhecer a respeito do setor e do perfil da cidade, levando ao planejamento e investimentos adequados. "Conhecer o setor em números permite fugir do 'achismo'. A falta dessas informações leva as pessoas a agirem com base na experiência e no que acham e não em dados completos. Londrina se 'verticalizou' muito durante um período e esse cenário diminuiu nos últimos dez anos, passando para a construção de condomínios, e agora está voltando. Se um tipo de construção perdeu espaço, é sinal que a estratégia empresarial tem que ser repensada".