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A disparada dos preços dos terrenos, que já subiram 110% nos últimos cinco anos, começa a travar alguns negócios no mercado imobiliário de Curitiba. Segundo as empresas do setor, a especulação de preços se acentuou nos últimos meses e começa a diminuir a velocidade dos acordos para incorporação. Vendas de terrenos que eram fechadas em um mês, ou no máximo dois, estão demorando até um ano para serem efetivadas.

“Tivemos o caso de um terreno de 2,8 mil metros quadrados na Vila Izabel que íamos fechar com preço de R$ 1,5 milhão. Três dias depois o proprietário pediu R$ 2,1 mi­­lhões”, afirma Gustavo Selig, da construtora Héstia e presidente da Associação dos Di­­rigentes de Empresas do Mer­cado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR). “Não fechamos ne­­gócio e o terreno continua à venda”, acrescenta.

Curitiba já não tem grandes áreas disponíveis para a construção, principalmente nos bairros mais tradicionais, o que tem ajudado a turbinar os preços.

Os pacotes de personalização podem ser uma boa opção para quem vai comprar imóvel na planta e deseja economizar.

Isso porque, segundo explica a arquiteta Renata Marques, ao realizar este tipo de compra, o cliente não precisará pagar duas vezes pelo mesmo serviço, já que poderá optar ainda na fase de projeto pelo tipo de acabamento, por exemplo, que irá querer quando a obra estiver terminada.

“No processo anterior, o cliente precisava aguardar a entrega do imóvel para modificá-lo através de reforma, era necessário quebrar os acabamentos e, muitas vezes, mexer até na estrutura do imóvel para transformá-lo de acordo com o desejo do proprietário”, diz.

Garantia

Outra grande vantagem da personalização apontada pela arquiteta é a continuidade da garantia do imóvel. Segundo ela, atualmente, o cliente que compra um imóvel na planta e, depois, decide reformá-lo para adequá-lo ao gosto e às necessidades de sua família, acaba perdendo a garantia por serviços como a impermeabilização do piso, encanamentos, instalação elétrica, entre outros.

O valor médio dos financiamentos  de imóveis com recursos da poupança cresceu quase 12% nos primeiros quatro meses deste ano, frente ao valor de 2009.

No primeiro quadrimestre deste ano, o valor médio era de R$ 125,6 mil, ante R$ 112,4 mil em 2009. Frente a 2008, quando os brasileiros tomavam em média R$ 112,4 mil para a aquisição de um imóvel com recursos das cadernetas, houve aumento de quase 14%.

A evolução, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), reflete as condições macroeconômicas favoráveis, aliadas a uma forte gestão de risco, que favorecem o aumento do valor médio dos financiamentos para os mutuários.

O governo federal estuda incluir os imóveis usados no programa “Minha casa, minha vida”, transferindo para as unidades de segunda mão os mesmos incentivos concedidos para os imóveis novos, como subsídio (desconto), fundo garantidor e redução dos custos cartorários e de seguro. A ideia partiu do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), que enviou as reivindicações diretamente ao presidente Lula.

Segundo o vice-presidente do Cofeci, José Augusto Viana Neto, o Brasil tem quatro milhões de residências usadas disponíveis para ocupação imediata e que poderiam ser colocadas à disposição da população que procura moradias de até R$ 130 mil, teto dos imóveis incluídos no programa.

— Esse não é um pleito corporativo, mas uma reivindicação que atende a sociedade. O “Minha casa, minha vida” foi criado para ajudar a economia a se aquecer num momento de crise. O problema passou e agora as pessoas que precisam de moradia imediatamente merecem esse respeito. As condições atuais de financiamento dos imóveis usados não são convidativas como as oferecidas aos novos — disse Neto.

Paisagens de lagos, pontes e mata nativa formam o parque Tingui, obra de saneamento e preservação am­­­­biental, que atrai o investimento imo­­­­biliário voltado para o alto pa­­­­drão. “É quase como morar no campo, há condomínios onde se vê inúmeras espécies de aves e uma flora muita rica”, aponta o diretor comercial da Loft Imóveis, Augusto Al­­­bertini, que negocia seis residências localizadas no en­­torno do parque.

O vice-presidente administrativo do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Paulo Celles, explica que a região concentra dois padrões de imóveis e uma variação de preço elástica. “Há os condomínios, casas de alto padrão e residências simples que foram construídas há décadas, antes do desenvolvimento do bairro”, comenta.

Uma pesquisa da entidade aponta que a variação do preço de metro quadrado de casas, com frente para rua, varia de R$ 1.200 a R$ 2.200.