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SÃO PAULO – Os juros dos financiamentos imobiliários  no Brasil são um dos mais altos do mundo, constatou estudo feito pela consultoria AT Kearney. Segundo o levantamento, a taxa de juros média para crédito imobiliário é de 11,3% ao ano.

O Brasil, na análise feita com outros quatro países (Rússia, Estados Unidos, Chile e Espanha), só perde para a Rússia, cuja taxa de juros média supera os 14% anuais.

“A taxa é mais alta por questões estruturais”, afirma a vice-presidente da consultoria, Silvana Machado. Ela explica que muitos fatores elevam os juros ao consumidor que contrata crédito para comprar a casa própria.

O risco embutido nessa comercialização, apesar de estar em constante queda, é um deles, bem como os custos envolvidos no processo de concessão do empréstimos. “Nessa conta entram os custos de captação, os custos operacionais e os custos do próprio processo do crédito”, explica Silvana.

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná informa que o Convênio Caixa-Creci foi rescindido, no dia 13 de julho de 2010, pela Caixa Econômica Federal através da Gerência de Alienação de Bens Moveis e Imóveis (Gilie/CT).

O Convênio Caixa/Creci constituía em intermediar a venda e a desocupação de imóveis adjudicados de propriedade da Caixa em todo Paraná, por meio de corretores de imóveis inscritos no Convênio.

Com o cancelamento do Convênio Caixa/Creci, a Caixa Econômica Federal promoveu, por meio de licitação, o credenciamento (nº 018/2010) e a contratação de imobiliárias para prestarem serviços de intermediação de vendas dos imóveis. Portanto, somente estas empresas estão aptas a realizar os serviços descritos acima. Todas as imobiliárias habilitadas estão devidamente inscritas junto ao Creci/PR.

Segue a listagem das 27 imobiliárias que atenderam as exigências do edital e  foram habilitadas pela Caixa Econômica Federal.

O Banco do Brasil (BB) negocia parcerias com consultorias e imobiliárias para ampliar sua presença no crédito habitacional. O modelo de referência é o do Banco Itaú, que se associou com a Lopes há mais de dois anos e, recentemente, fechou parceria com a imobiliária Coelho da Fonseca, voltada para o mercado de imóveis para um público com maior renda.

O vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli, confirmou que o banco está se movimentando nesse sentido, mas não quis mencionar nomes de potenciais parceiros. Para Caffarelli, essas parcerias permitem simplificar a oferta do financiamento. O ideal seria, segundo ele, deixar o funcionamento do segmento semelhante ao que ocorre no ramo de veículos, em que o financiamento é feito em conjunto com a venda do carro na concessionária, em uma operação simples sem a necessidade de ir ao banco.

O aumento do crédito disponível, a redução das taxas de juros e o crescimento do emprego estão fazendo o financiamento habitacional bater recorde no país. A Caixa Econômica totalizou R$ 47,69 bilhões em empréstimos do início do ano até 3 de setembro, 87,6% mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado ontem. O montante supera todo o volume emprestado em 2009, de R$ 47,05 bilhões. O forte ritmo de contratações já fez o banco refazer suas estimativas para o resultado do ano duas vezes. A previsão inicial era alcançar R$ 55 bilhões, volume que passou para R$ 60 bilhões e agora deve chegar a R$ 70 bilhões, quase 50% mais do que em 2009. Até setembro foram contratadas 778.717 unidades, contra 896.908 unidades em todo o ano passado.

No Paraná, os financiamentos somaram R$ 3,1 bilhões (42.277 unidades) até setembro e, se mantido o atual ritmo, esse montante deve superar R$ 4,2 bilhões, 30% mais do que no ano passado, segundo o superintendente regional em Curitiba, Hermínio Basso. Na capital o crescimento deve chegar a 40%, para R$ 2 bilhões em financiamentos. “Os números são impressionantes. A cada 18 dias fazemos todo o volume contratado em 2003”, diz.

Quem tem pouco dinheiro no bolso, mas quer ganhar com o bom momento do mercado imobiliário no Brasil pode apelar para os fundos imobiliários. Eles seguem a valorização dos imóveis e permitem aporte a partir de R$ 1 mil em empreendimentos de alto valor, mais escassos e seguros.

A vantagem dos fundos vem, em parte, dos problemas de investir em imóveis propriamente ditos, principalmente se ele corresponde à maior parte do capital do investidor. Segundo Luiz Calado, autor de Imóveis: Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio, além de concentrar o risco em uma só aposta, o processo de imobilização – e depois desimobilização – é caríssimo: custa 6% de corretagem e até 3% de ITBI, além do custo de cartórios.

Segundo Sergio Belleza, consultor de investimentos imobiliários, os fundos rendem líquido (sem impostos) entre 0,7% e 1,1% ao mês, sem contar a valorização da cota. No caso dos imóveis físicos, a renda mensal com aluguel fica entre 0,6% e 0,7% do valor do imóvel e ainda paga IR de até 27,5% ao mês. A maioria dos investidores pessoa física só conhece o mercado residencial de imóveis, mas o setor comercial (escritórios, shoppings, hospitais) foi o que primeiro reagiu no Brasil.

O Dia Nacional dos Corretores de Imóveis será comemorado em 27 de agosto, nesta data a profissão completa 48 anos de regulamentação. Os profissionais que são classificados como realizadores de sonhos, primeiramente foram regulamentados pela lei 4.116/62 que em 1978 foi substituída pela lei 6.530. No Brasil, existem aproximadamente 200 mil corretores de imóveis, no Paraná já são nove mil profissionais ativos credenciados no Creci/PR.

Dedicação, responsabilidade, segurança e habilidade com vendas são algumas das características que traduzem os profissionais que trabalham como corretores de imóveis. Esta profissão tem a finalidade de realizar o maior sonho do brasileiro, adquirir a casa própria.

O perfil dos corretores de imóveis mudou com o crescimento do setor imobiliário. Atualmente os profissionais se preocupam em buscar novas fontes de conhecimento e aperfeiçoamento. As palestras de requalificação profissional promovidas pelo Creci/PR sempre têm recorde de público. Os corretores de imóveis não são somente vendedores, agora atuam também como consultores de negócios imobiliários.

O presidente em exercício do Creci/PR, Ricardo Kikina, relata que a profissão evoluiu muito e parabeniza os profissionais pelo esforço dedicado em prol da categoria. “Quero agradecer todos os corretores que contribuem para que a sociedade saiba que somos profissionais capacitados e de confiança”.

O XXIII Conaci - Congresso Nacional de Corretores de Imóveis, que será realizado entre os dias 8 e 11 de setembro, no Centro de Convenções de Florianópolis (SC), mais do que nas edições anteriores, se pautará em temas que vão proporcionar uma maior e melhor qualificação dos profissionais corretores de imóveis em todos os sentidos.

Serão oferecidos 03 (três) cursos de qualificação, a saber:

a) TRC - Transnational Referral Certification - que prepara os corretores de imóveis a desenvolver habilidades e conhecer os procedimentos adequados para encontrar parceiros de indicação, combinar remunerações, ampliar normas de atendimento ao cliente, recorrer a processos de arbitragem para resolver qualquer questão em litígio judicial, incluir as indicações internacionais em um plano de negócios, além de possibilitar a negociação de imóveis no exterior por meio de acesso a rede worldproperties.com O curso será oferecido a partir do dia 8 de setembro, das 14h às 17h, tendo continuidade na sexta-feira (10), das 9h às 12h. Será ministrado por Laerte Temple, Superintendente do Secovi/São Paulo.

"Picareta: esse é o nome certo para a pessoa que faz corretagem imobiliária sem credenciamento. Picareta!".

Quando entrevistado, esta foi a primeira e repreensiva afirmação de Marcio Becchi, delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) de Maringá, demonstrando bem o quanto é preocupante o fato de que ainda existe no mercado imobiliário pessoas que atuam na corretagem sem credenciamento, obrigatório pela lei regulamentadora da profissão, 6.530, de 1978.

De acordo com Becchi, a fiscalização tem sido cada vez mais intensa em Maringá. Só em 2010, já houve no município duas fiscalizações, uma federal e outra estadual.

E a previsão é de ocorrer mais uma fiscalização estadual ainda este ano. "Além dos fiscais estaduais e federais, temos um fiscal que está trabalhando em cima do exercício legal da profissão aqui em Maringá", informa.

 

Os balanços corporativos das construtoras brasileiras referentes ao segundo trimestre deste ano evidenciam que o segmento de baixa renda tem ficado cada vez mais importante para os negócios no mercado imobiliário. Parte desse resultado pode ser atribuído a programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.

Segundo a Cyrela, por exemplo, as vendas da Living Construtora – braço da companhia voltado à baixa renda – responderam por 35,2% do valor geral de vendas, totalizando R$ 396,5 milhões – um crescimento de quase 70% em relação ao ano passado.

Até o dia 30 de junho, haviam sido submetidos pela Living quase 40 mil unidades ao programa. Metade desse total foi contratada para financiamento na CEF (Caixa Econômica Federal) e 4,4 mil já foram repassadas aos clientes.

Forte demanda
Já a Gafisa, que centraliza na Tenda suas operações para essa classe, afirma que focou seu plano de negócios no trimestre que encerrou para melhorar a postura mais agressiva de vendas e lançamentos para a segunda metade do ano, em linha com a forte demanda no setor de baixa renda.

O mercado imobiliário brasileiro não passa por um momento de “bolha” que possa vir a desestabilizar a economia, revelou a MB Associados, em estudo encomendado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O aumento de preços visto no mercado parece, conforme a conclusão do estudo, ser um processo gerado por oferta e demanda, não oferecendo riscos para a economia, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, com o crédito subprime que originou a crise de 2008.

Entre os motivos que afastam o Brasil de uma bolha no mercado imobiliário, o estudo aponta as condições macroeconômicas sólidas, a forte regulamentação e a classe média em forte processo de expansão de emprego e renda.

Renda x preços

De acordo com o estudo, mesmo que o preço do imóvel no Brasil suba na mesma proporção que nos Estados Unidos, a evolução poderá ser absorvida pela expansão da renda.