Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança realizados por agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 9,5 bilhões em 2006. O valor representa um total de 115.523 unidades atendidas e um crescimento de 95,5% em relação ao volume de recursos do ano anterior. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Segundo a entidade, foi a primeira vez desde 1988 que o número de imóveis financiados supera a casa dos 100 mil.
Os resultados de 2006 ficaram acima das expectativas da associação. A previsão da Abecip era de uma aplicação de R$ 8,5 bilhões em menos de 100 mil unidades financiadas. Apenas em dezembro, o volume emprestado foi de R$ 1,03 bilhão, o melhor resultado observado num único mês nos últimos 20 anos.
Para este ano, a Abecip projeta um volume de recursos entre R$ 10,5 bilhões a R$ 11 bilhões em empréstimos imobiliários com recursos da poupança. O número de financiamentos, por sua vez, deve subir para algo entre 130 mil e 150 mil, com a tendência de redução do valor médio financiado por unidade.
Além dos recursos aplicados pelos agentes do SBPE, a Abecip destacou as operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingiram cerca de R$ 6,8 bilhões em 2006. Com isso, o volume de recursos destinado ao mercado imobiliário pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi de R$ 16,3 bilhões, o maior das últimas duas décadas.
De acordo com a associação, o aumento nos empréstimos veio acompanhado de uma redução nos índices de inadimplência. No SBPE em dezembro, o porcentual de mutuários com mais de três prestações em atraso foi de 6,2%, contra 8,5% e 9,7% no mesmo período de 2005 e 2004, respectivamente. Em 2006, a poupança registrou captação líquida de R$ 4,9 bilhões, conforme a Abecip. Apenas em dezembro, os depósitos superaram os saques em R$ 6,3 bilhões.
Ano passado pode ser considerado extraordinário para a habitação no Brasil. Isso porque, segundo o ministro das cidades, Márcio Fontes, foram aplicados R$ 20,4 bilhões por bancos e programas sociais na área.
No detalhamento dos investimentos, percebe-se que, além dos R$ 13,8 bilhões aplicados na área pela Caixa Econômica Federal, ainda foram investidos R$ 6,2 bilhões por demais bancos que operam com recursos da poupança e R$ 444,8 milhões do Programa de Subsídio para Habitação de Interesse Social (PSH).
Volume investido De acordo com o ministro, o total é destinado à aplicação na aquisição, construção ou reforma da casa própria. "Esse número, acrescido das poupanças das famílias e da contrapartida do poder público, representa um volume total de investimentos superior a R$ 27 bilhões".
O investimento em habitação não beneficia somente esta área social. Somente na Caixa Econômica Federal, as aplicações realizadas no ano passado propiciaram 1,3 milhão de empregos direta e indiretamente, além de 2,4 milhões de famílias beneficiadas.
Baixa renda Os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) atingiram R$ 1,8 bilhão em 2006, quantia 81% superior à registrada no ano anterior, sendo que a taxa média anual de crescimento é de 67,8%. Quando comparado com 2003, o volume quase quintuplica (373%).
Além das aplicações do FGTS para habitação, o Programa de Arrendamento Residencial (PAR) investiu R$ 1,27 bilhão, volume no mesmo patamar do registrado em 2005.
As famílias com renda de até três salários mínimos - faixa com déficit de 82% na habitação - foram as mais beneficiadas, com 66% das aplicações e R$ 1,2 bilhão em recursos, volume maior que o dobro (124% superior) ao aplicado em 2005.
"Com relação aos recursos para habitação de interesse social, a aplicação para as faixas de renda até cinco salários mínimos também foi recorde. Alcançou 85% dos contratos realizados com recursos do FGTS em 2006, frente aos 77% de 2005, 71% de 2004 e 57% em 2003", revelou a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho.
Habitação A CEF terá um orçamento inicial de R$ 12 bilhões este ano, quantia 17,6% superior aos R$ 10,2 bilhões disponibilizados inicialmente no ano passado. A caixa fechou 2006 com R$ 18,1 bilhões aplicados para o desenvolvimento urbano, sendo R$ 13,8 bilhões para a habitação e R$ 4,2 bilhões para saneamento e infra-estrutura.
O total de operações de financiamento imobiliário feitas com recursos das contas de poupança pelos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no ano passado atingiu R$ 9,5 bilhões (crescimento de 95,5% sobre 2005).
De acordo com as informações divulgadas nesta terça-feira (16) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), apenas no último mês de 2006, R$ 1,03 bilhão foram arrecadados, o que representa o melhor resultado para um único mês nos últimos 20 anos.
115 mil unidades financiadas Ainda segundo a Abecip, 115.523 unidades foram financiadas no ano passado, sendo que esta foi a primeira vez desde 1998 que o número de imóveis financiados superou a marca dos 100 mil.
Segundo a entidade, os resultados de 2006 superaram, em volume de recursos e em número de unidades financiadas, as expectativas do início do ano (R$ 8,5 bilhões aplicados em menos de 100 mil unidades).
FGTS, poupança e inadimplência Além dos recursos aplicados pelos agentes do SBPE, merecem destaque as operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingiram cerca de R$ 6,8 bilhões no ano passado.
Considerando apenas a captação de recursos por intermédio das contas de poupança, temos um resultado líquido de R$ 4,9 bilhões em 2006, sendo que o indicador mais favorável foi registrado em dezembro, quando os depósitos superaram os saques em cerca de R$ 6,3 bilhões.
Outro aspecto favorável do ano passado foi a continuidade da redução dos índices de inadimplência. No SBPE, em dezembro, o porcentual de mutuários com mais de três prestações em atraso foi de 6,2%, contra 8,5%, em dezembro de 2005.
Previsões para este ano As estimativas da Abecip apontam para a aplicação, pelos agentes do SBPE, de um volume de recursos da ordem de R$ 10,5 bilhões a R$ 11 bilhões, enquanto o número de financiamentos deverá atingir entre 130 mil e 150 mil unidades, com tendência de redução do valor médio financiado por unidade, ou seja, acesso de maior número de pessoas à casa própria.
Estão abertas as inscrições no concurso público que vai selecionar um técnico administrativo para a Delegacia de Londrina do CRECI/PR. O prazo fica aberto até 25 de janeiro, na Delegacia de Londrina (R. Prof. Hugo Cabral, 957 11° andar). O atendimento é de segunda a sexta das 9h às 17h. Maiores informações no link editais / seleção publica 2007.