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SÃO PAULO - Depois que Banco do Brasil e Bradesco anunciaram, na última segunda-feira (25), alterações em algumas de suas linhas de crédito, agora, é a vez da Nossa Caixa e do HSBC promoverem mudanças.

No primeiro caso, as taxas de crédito imobiliário foram igualadas às praticadas pelo Banco do Brasil, seu controlador. De acordo com o diretor de produtos da entidade, Gueitiro Matsuo Genso, com o ajuste, a Nossa Caixa espera alta de 25% na concessão deste tipo de crédito.

"A expectativa da Nossa Caixa é crescer em 25% a concessão de crédito imobiliário para pessoas físicas em 2009, atingindo volume de operações de R$ 450 milhões, ante R$ 358 milhões no ano passado", diz o diretor.

Reduções
Entre as linhas que sofreram mudanças, está o financiamento de aquisição e construção de imóveis residenciais enquadrados nas condições do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), com valor máximo da unidade de R$ 500 mil, cuja taxa mínima pós-fixada caiu 2,10 pontos percentuais, passando de 11% para 8,90% ao ano. Já a taxa máxima, neste caso, saiu de 11,50% para 10% ao ano, uma queda de 1,50 p.p.

SÃO PAULO - O mercado de imóveis mobiliados está sempre aquecido, apesar dessas propriedades contarem com aluguéis em torno de 15% mais caros do que aquelas que não possuem nenhum móvel.

De acordo com a gerente de Locação e Vendas da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, o público desses imóveis é bastante específico. Dentre eles, estão estudantes que farão um curso por tempo determinado, pessoas que se separam, mas ainda estão indecisas e não querem investir em imóveis, e executivos que usam São Paulo como cidade dormitório.

"Sempre há procura por esses imóveis mobiliados, em especial em determinadas regiões, como Pacaembu, Perdizes, onde há pessoas fazendo residência, faculdade etc", explicou Roseli. "Praticamente todo mundo gosta do semimobiliado, aquele com armário embutido e com cozinha planejada", completou.

Aproximadamente mil pessoas participaram da cerimônia de abertura do 3º Congresso Sul Imobiliário na noite de quinta-feira dia 21, que acontece em Gramado no Centro de Convenções do Serrano Resort e segue até sábado, 23. O evento voltado para Corretores de Imóveis, cujo título é “O que vem após o Boom Imobiliário?” Entre as respostas apontadas pelo palestrante, João Teodoro da Silva Presidente do COFECI, é que a capacitação profissional será fundamental e mais que nunca informação é cada vez mais valiosa.

Após ser homenageado com o diploma de Honra ao Mérito na abertura do 3º CONSIM e entregar credenciais aos novos Corretores de Imóveis, o Presidente do CRECI-RS, Flávio Koch, fez um objetivo discurso para destacar a importância do evento dizendo “estamos investindo para a capacitação e formação profissional, visando a qualificação do Corretor de Imóveis para atender as exigências de um mercado imobiliário em crescimento e que nesta edição do congresso chega mais fortalecido.

Desenvoltura e bom trato com o público são requisitos indispensáveis para qualquer vendedor. Quando o produto em questão é um imóvel, além desse perfil, o mercado exige que o corretor tenha conhecimento na área imobiliária. “Houve um tempo em que a profissão era vista como um bico, mas hoje, quem não tem formação, o mercado elimina”, diz Daniel Fuzetto, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Paraná (Sindimóveis-PR).

Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR), Alfredo Canezin, a mudança de perfil vem ocorrendo nos últimos dez anos. “Embora a regulamentação seja de 1978, só nos últimos anos as pessoas encaram o trabalho de corretor como um carreira com possibilidades de crescimento”, diz.

A principal exigência de formação é o ensino médio completo e o curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI). “Esse curso é bastante básico, mas indispensável para o credenciamento no Creci”, lembra Canezin. Ele explica que após esse curso, grande parte dos corretores sentem necessidade de conhecer melhor a área e partem para cursos superiores. “Outro perfil bastante comum são de profissionais da área de Direito, Administração e Economia que começam a trabalhar com imóveis. Mesmo tendo curso superior é preciso fazer o TTI.”

A responsabilidade das imobiliárias ao envolver-se com os problemas da intermediação locatícia foi analisada sob dois aspectos em acórdão do Superior Tribunal de Justiça, ambos a merecer toda a atenção de quem atua na área.

De um lado, reafirmou o STJ que há “ilegitimidade da imobiliária nas questões que envolvem diretamente o contrato de locação”, e, de outro, que há “legitimidade da imobiliária quanto à cobrança dos valores e suposta ameaça de inclusão nos serviços de restrição ao crédito”.

Relatando o acórdão, a ministra Nancy Andrighi menciona tratar-se de ação de perdas e danos cumulada com indenização por danos morais contra imobiliária do Paraná, apontada como responsável pela rescisão de contrato de aluguel firmado pelos recorrentes, “já que restou inviabilizada a atividade desenvolvida pela locatária, uma academia de ginástica”. E que “a imobiliária, além de não resolver os graves danos de desabamento de parte do imóvel locado, passou a cobrar da locatária e de seu fiador valores de reforma do imóvel e dos alugueres não pagos...”